Os pensamentos a seguir foram inspirados pelo artigo A demonização da habitação informal, de André Gardini.
O senso comum utiliza a o termo informal para designar toda habitação que nasceu fora dos parâmetros legais da sociedade. Mais que isso, habitação informal evoca favela. Transmite repulsa.
Do que muitas vezes não lembramos é que existem diversos exemplos de construções de luxo informais, que não respeitam os parâmetros exigidos, às vezes em áreas de preservação ambiental.
Esquecemos também que a habitação informal é um produto da sociedade em que vivemos – está dentro da sociedade, faz parte dela. A especulação e o capital são agentes ativos no desenvolvimento da cidade informal.
Políticas públicas podem formalizar um módulo de ocupação informal, mas o estigma da informalidade continuará ali, até que se decida, na esfera da especulação, que aquele local tem potencial. E é comum que, então, a população “informal” assim continue, se mudando para outro módulo informal.
A construção de luxo informal, nunca vista como tal, ali permanence, até que encontre um trâmite que a leve à formalidade.
(por Lais)
(por Lais)
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